Um "Museu a céu aberto"
No séc. XVIII, Alcântara era o centro comercial do Maranhão e a sede a aristocracia rural do Estado. Famílias ricas eram servidas
por 8 mil escravos.
A rivalidade entre elas fez surgir, no séc. XIX, luxuosas mansões
destinadas a hospedar o Imperador Pedro II (que acabou não indo lá).
Mas a Abolição da Escravatura, a queda do preço do algodão no mercado externo e a transferência do
comércio para São Luís lançaram Alcântara numa vertiginosa decadência.

Do período áureo, a cidade guarda um abandonado conjunto arquitetônico com mais de 300 prédios, 3 praças, 8 travessas e 10 ruas.

Do período áureo, a cidade guarda um abandonado conjunto arquitetônico com mais de 300 prédios, 3 praças, 8 travessas e 10 ruas.
Os sobrados, muitos em ruínas, ainda exibem restos da antiga ostentação em
sacadas de ferro, mirantes e azulejos importados de Lisboa.
Para preservar essas lembranças do Brasil Colônia e do Brasil Império, o Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tombou a cidade em 1948.
Conjunto arquitetônico
Escolhida como Patrimônio Histórico Cultural Nacional, Alcântara representa uma das principais riquezas culturais do estado.
Apesar da decadência econômica do município a partir do final do século
XIX, foi conservada parte de sua arquitetura colonial representada pelos inúmeros sobradões, casas mais baixas, igrejas,
ruas estreitas e tortuosas e, principalmente, pelas inúmeras ruínas que
demonstram o que foi essa cidade, o que possibilita aos visitantes
transportarem-se para uma época distante.


Como chegar
Para ir de carro saindo do Rio de Janeiro, a rota mais comum é seguir
pela BR-116, passando por várias cidades.
Para chegar a São Luís, o caminho é a via BR-116 até o
norte do país, utilizando rotas como a BR-020, e depois a BR-135 para chegar ao Maranhão.
Outra rota, saindo do Rio de Janeiro, pegue
a BR-040 sentido Belo Horizonte, depois é seguir
pela BR-116 sentido norte, atravessando Minas Gerais e
Piauí.
Siga pela BR-020 para chegar ao Piauí. Entrando no
Maranhão, a BR-135 é uma das rotas que leva a São
Luís.
O percurso é longo e exige planejamento de paradas para descanso,
alimentação e reabastecimento.
As embarcações para Alcântara saem do cais da Praia Grande, junto ao centro histórico de São Luís, a viagem por barco faz a travessia em 1h20.
Há também ferry-boat, mas que levam ao porto de Cojipe, a 60 km de Alcântara.
O que ver
É possível conhecer tudo a pé, pois a maior parte dos atrativos ficam
próximos.
Ao lado do centro de informações turísticas fica a Ladeira do Jacaré, que
dá acesso ao centro histórico da cidade.
Nessa ladeira já é possível ver vários casarões históricos e algumas
ruínas.
Entre as principais construções da cidade estãoː a igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, a igreja e as ruínas do Convento do Carmo, Ruínas da Igreja Matriz de São Matias, a Ladeira do Jacaré (feita em pedras), a capela de Nossa Senhora do Desterro (atual Igreja de São José), a Fonte de Pedra (edificada pelos franceses), o Museu Casa Histórica de Alcântara, o Museu Histórico de Alcântara, ruínas do Forte de São Sebastião, Casa de Câmara e Cadeia, a Casa do Divino, o Solar Cavalo de Troia (o mais alto da cidade), dentre outros.
Ladeira do Jacaré
Ela é bem grande e abriga as ruínas da Igreja de São Mathias,(começou a
ser construída no século XVII, mas nunca foi finalizada, é o ponto
turístico mais famoso da cidade e o antigo Pelourinho (é o único pelourinho preservado do país). Nessa praça também
estão localizadas outras construções muito importantes.


Ruínas da Matriz de São Matias
Um símbolo de Alcântara, a igreja teria sido construída em 1622, e teria
sido atingida por um raio em 1875, que fez desabar o telhado e condenou
sua estrutura, sem que haja consenso histórico.

O Pelourinho de Alcântara
Localizado em frente às Ruínas da Igreja Matriz de São Matias, símbolo
da ordem e da vigência de poder.
Dava garantia legitimidade à publicação de éditos e ordens
régias.
Contudo, foram os suplícios e castigos que tornaram os pelourinhos
famigerados em praticamente todos os lugares que foram
erguidos.
Com a abolição da escravatura, o mesmo foi retirado e
escondido.
Os irmãos Osvaldo e Durval Soares, membros do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro (IHGB-MA), reergueram o mesmo na Praça da Matriz
por ocasião do tombamento da cidade.
Com isso, o mesmo foi posto de volta no seu local de
origem.
Localizado em um sobrado colonial, abriga boa parte do mobiliário,
prataria, vestuário, entre outros objetos da família que ali morava, o
acervo do Museu Histórico de Alcântara é composto de peças de arte sacra e
mobiliário do século XVIII e XIX.


Casa de Câmara de Cadeia
A Casa de Câmara e Cadeia é onde hoje funciona a Prefeitura, o prédio é
do final do século XVIII.
Seguindo pela Rua da Amargura há inúmeros casarões revestidos de azulejos portugueses.
Apesar de nem todos estarem restaurados, os azulejos e a arquitetura das
construções estão bem preservados.
Há muitos séculos, as famílias mais ricas da cidade viviam nessa
rua.
Onde funcionava um mercado de escravos dos Imperadores I e II.
Esses palácios dos Imperadores tem uma história que chama muito a
atenção.
Naquela época, Dom Pedro II marcou uma visita à Alcântara.
Os dois barões rivais da cidade (Pindaré e Mearim) começaram a construir
simultaneamente os dois palácios, disputando quem hospedaria Dom
Pedro. No entanto, ele acabou cancelando a viagem e os palácios
permaneceram inacabados desde aquela época.


Igreja Nossa Senhora do Carmo
Fica em frente das ruínas palácios, foi construída no final do século XVIII e tem estilo barroco.
Na parte superior há um mirante com uma vista muito bonita, mas cobra-se
uma pequena taxa para visitação.


Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Assis
Entrando na Rua Direta, há mais construções em ruínas, como essa igreja,
que começou a ser construída no início do século XIX.
Nessa rua também ficam a Igreja de Nossa Senhora dos Pretos, que é bem
singela e foi construída pelos escravos, abriga os famosos tambores de
crioula.

Casa de Cultura Aeroespacial
Centro Espacial de Alcântara (CEA), anteriormente conhecido
como Centro de Lançamento de Alcântara, é um espaçoporto da Agência Espacial Brasileira no município de Alcântara, localizada na costa atlântica norte do
Brasil, no estado do Maranhão.
É operado pelo Comando da Aeronáutica da Força Aérea Brasileira.

É operado pelo Comando da Aeronáutica da Força Aérea Brasileira.
O CLA é a base de lançamento mais próxima da linha do equador. Isso
confere ao local de lançamento uma vantagem significativa no lançamento
de satélites geossíncronos, atributo compartilhado pelo Centro Espacial da Guiana.
Atualmente, mantém em exposição um conjunto de peças, quadros, painéis,
maquetes, e documentos históricos, além de possuir, em suas novas
instalações, amplas áreas de exposição estática de engenhos espaciais e
uma confortável sala de projeção de vídeo e de palestras.
É um pequeno museu sobre o Centro de Lançamentos de
Alcântara, o mais moderno da América Latina, que fica a alguns quilômetros da praça da Matriz.
As Ilhas
Pertencem ao município de Alcântara as ilhas do Cajual, do Livramento, dos Guarás, das Pacas.
A ilha do Cajual é um importante sítio arqueológico do Maranhão.
A presença de fósseis de espécies que também viveram na África comprovam
que a África e a América do Sul já foram um só continente.
A Ilha do Livramento e a Ilha do Cajual (25' de barco), são consideradas santuários
dos guarás.
É usada para camping selvagem. Para os aventureiros e campistas, não podem
perder esta oportunidade.
Para chegar, fica a 1,5 km de Alcântara, 15' de barco, que pode ser
fretado no Porto do Jacaré.
Quase desabitada, possui praias de águas tranquilas, com grandes pedras
em torno.
Durante uma expedição exploratória em que enfrentaram uma tempestade com
risco de naufrágio, a família fez uma promessa a Nossa Senhora do
Livramento.
A ilha é um refúgio de beleza natural, com praias, muitas trilhas e rica
vida selvagem, incluindo garças, guarás e maçaricos.
Tenha em mente que as praias sofrem, com a erosão, e lixo de embarcações
da Baía de São Marcos podem aparecer na ilha.
A comunicação pode ser precária e o atendimento ao turista é limitado, a
apenas uma moradora da ilha. que pode dar assistência, principalmente um
lugar e alimentação.
Peça mais informações antes de ir, e esteja preparado para uma experiência
de camping mais rústica, com pouca infraestrutura, mas compensadora pela
beleza natural.
Campings

Camping motorhome Victor filho - Localizado em Quilombo Vista Alegre Alcântara. Endereço: São João de Cortes, Alcântara - MA. Ótimo lugar para fazer trilhas e acampar, lugar para
motorhomes.

Ilha do Cajual - Área de camping no Maranhão - Alcântara. A comunidade tradicional reside na ilha que é mundialmente conhecida pelos fósseis, a trilha com certeza não é para qualquer um, leve todos os seus mantimentos.

Ilha do Cajual - Área de camping no Maranhão - Alcântara. A comunidade tradicional reside na ilha que é mundialmente conhecida pelos fósseis, a trilha com certeza não é para qualquer um, leve todos os seus mantimentos.
Local natural e bem preservado, para quem é aventureiro com certeza
é uma boa experiência.

Cabana do Victor - Área de camping, São João de Cortes, no Maranhão. Ótimo lugar para descansar na cabana.


Cabana do Victor - Área de camping, São João de Cortes, no Maranhão. Ótimo lugar para descansar na cabana.

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